terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ela nunca pede licença

Caminhava  tranquilamente numa rua de Paris, quando ela atravessou meu caminho, se aproximou de uma forma quase que imperial, imponente, se fazendo presente, necessária. 
Sigo caminhando, sentindo seus passos a me seguir, folhas em tons marrons amarelados e avermelhados coloriam a cena. Já se podia sentir o perfume  de sua chegada.
O vento murmurava palavras no ar, mas  apenas ela inssistia em ficar. 


Mergulhada  no refugio aconchegante dos cafés quando sinto sua presença a se aproximar, sem cerimonia e natural. Embriagada em seu perfume misturado ao vento, deixo me  acariciar, sentindo apenas suas gotas cristalinas que caem  sobre minhas mãos e  a vitrine do  café. 
Olhando a rua, observo o movimento dos carros, bicicletas, edificios, pessoas , conversas e murmurios abafados. 
Era possível perceber a interrupção que ela provocava,  mas ela era presente também ao calor do meu corpo e aos meus devaneios, e isso me confortava.